A semana começou com os mercados operando majoritariamente em alta, devido ao início da vacinação nos Estados Unidos e com a retomada das negociações da União Europeia com os britânicos.
Na Europa, a retomada das negociações em relação ao acordo comercial pós-Brexit entre o Reino Unido e a União Europeia deu um novo fio de esperança para o mercado quanto ao desfecho de um soft-Brexit. Além disso, o início da vacinação nos Estados Unidos também trouxe melhoras nas perspectivas em relação ao crescimento da economia global.
Londres, foi impactada pela queda no petróleo até a hora do encerramento das negociações na Europa, fechando o pregão com queda de 0,23%. Frankfurt, ganhou 0,83%. Paris, teve elevação de 0,37%, Milão, teve elevação de 0,27%, Na península ibérica, houve ganho de 0,96% em Madri e de 0,79% em Lisboa.
Após as variações no mercado de petróleo por conta das projeções anunciadas pela OPEP+, as notícias relacionadas ao início da vacinação da população americana, contribuiu para que a sustentação dos preços da commodity energética. O WTI com vencimento em janeiro teve alta de 0,90%, cotado a US$ 46,99. O Brent para fevereiro, teve elevação de 0,64%, a US$ 50,29 o barril.
Nos Estados Unidos, os investidores dividiram as perspectivas positivas em relação à vacinação com o receio do avanço da COVID-19 no país podendo gerar novos lockdowns em locais importantes do país enquanto um pacote de estímulos ainda não tem solução.
O Dow Jones teve retração de 0,62% e o S&P 500 perdeu 0,44%. A Nasdaq, teve ganho de 0,50%.
São Paulo finalizou pregão de ontem (14), em queda, apesar do esforço do mercado para tentar sustentar os 115 mil pontos. Internamente o lado fiscal continuou a ser o principal driver para os receios do mercado em relação à votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias no Congresso após a frustração em relação a PEC emergencial que poderia dar uma sinalização mais crível da responsabilidade do governo em relação ao lado fiscal.
Assim, o Ibovespa fechou com queda de 0,45% em 114.611,12 pontos e dólar teve alta de 1,52%, a R$ 5,12.
Na Ásia, a COVID-19 continuou no radar dos investidores, fazendo com que os principais índices do continente fechassem de forma díspar, apesar do início da vacinação na maior economia do mundo, os Estados Unidos.
Em Tóquio, o Nikkei teve queda de 0,17%. Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 0,19%. Taiwan e Hong Kong tiveram desvalorização de 0,69% e 1,00% respectivamente. Na China continental, Xangai teve retração de 0,06% e o Shenzhen teve ganhos de 0,39%.
Hoje (15/12):
Não obstante às restrições que podem ser impostas devido ao avanço da COVID-19 no hemisfério norte, as bolsas na Europa começam o dia operando em alta com o retorno da esperança de um acordo entre Europeus e britânicos. Nos Estados Unidos os índices futuros também começaram o dia em elevação devido o avanço no plano de vacinação da população contra a COVID-19.
No Brasil, o mercado ficará de olho na Ata do Copom que trará uma visão mais hawkish por parte do Banco Central. A autoridade monetária também fará a oferta de 16.000 contratos de swap cambial entra 11:30 e 11:40.
O Tesouro farpa a oferta de NTN-Bs com vencimento para 2023.
Do lado fiscal, a falta de apoio de Guedes coloca em risco a agenda de reformas, mesmo em 2021 e há a proposta de que o auxílio emergencial de R$ 300 prorrogando o estado de calamidade até o fim de março do ano que vem.
Brasil: Ata do Copom
No Brasil, o Bacen disponibilizará em seu site, evidenciando de forma mais clara a percepção da autoridade monetária do país em relação à economia e os próximos passos que podem ser dados no que diz respeito à condução da política monetária.
No documento divulgado à imprensa quando o Banco Central informou que manteria a taxa de juros e 2,00%, o mercado considerou positivo o parecer de Roberto Campos Neto em relação ao foward guidance, contribuindo para a redução do prêmio de risco da dívida pública, sendo impresso nas quedas nas taxas de juros de longo prazo. O parecer mais hawkish contribuiu para que o mercado enxergasse mais parcimônia do Banco Central em relação às condições econômicas, apesar de muitos itens da cesta do IPCA começarem a evidenciar aceleração mais suave em relação aos meses anteriores.
Novos dados nos Estados Unidos
Nos Estados unidos, dados importantes de conjuntura econômica serão divulgados e começando pelos preços de bens importados e exportados para o mês de novembro publicado Escritório de Análises Econômicas dos Estados Unidos, o mercado espera leve avanço em ambos os indicadores para quando comparado a outubro. Para os bens importados, a expectativa é de que haja avanço de 0,3%, contra retração de 0,1% em outubro e para os bens exportados, também há expectativa de avanço de 0,3%, mas com avanço menor em relação a outubro, caso as expectativas se concluam, quando houve avanço de 0,2%. Caso haja avanço nos preços dos bens importados, é uma indicação de que a renda nos Estados Unidos está se elevando e, no caso dos bens exportados, melhora da renda dos demais países.
Quanto à indústria, a instituição publicará os números o avanço da produção industrial nos Estados Unidos durante o mês de novembro. A expectativa do mercado é de que tanto a produção industrial, quanto as vendas do setor tenham aumento de 0,3%. Em outubro, a produção industrial teve alta de 1,1% e as vendas subiram 1,0%.
O índice de atividade industrial Empire State, relacionado à região de Nova York tem perspectiva de elevação de 6,9 pontos para dezembro, contra 6,3 em outubro, evidenciando leve melhora, mas desaceleração quando comparado a setembro e outubro. Os indicadores de atividade industrial, mesmo mostrando certo avanço nas expectativas mostram que a indústria americana ainda não se recuperou totalmente, principalmente no que diz a categorias que dependem da abertura da economia.
Quanto ao petróleo, a API (Administradora de Informação do Petróleo), divulgará o quanto de barris da commodity energética foi produzida ao longo da semana passada por parte do setor privado.
Autor: Matheus Jaconeli
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