Mesmo com os dados de inflação americana endossando a guinada mais hawkish por parte do FED os mercados fecharam em alta no hemisfério norte. No mercado europeu a alta da produção industrial acima do esperado em 2,30% contra expectativa de 0,50% em novembro também foi um vetor positivo para o desempenho das bolsas do velho continente. O índice FTSE 100, referência na Bolsa de Londres, encerrou a sessão com ganho de 0,81%, influenciada pela alta das commodities. Frankfurt teve elevação de 0,43%. Paris avançou 0,75%. Milão teve subiu 0,65%. Nas praças ibéricas Madri e Lisboa subiram 0,16% e 0,40% respectivamente.
Nos Estados Unidos, a inflação veio dentro do esperado, fechando o ano de 2021 em 7,0%. Embora o dado confirme a guinada mais dura contra a inflação por parte do FED, o mercado já tinha precificado, de modo que os rendimentos das treasuries tivessem leve queda, mesmo que se mantivesse em níveis elevados. O índice S&P 500 fechou em alta de 0,28%, a 4.726,35 pontos. O Dow Jones subiu 0,11%, a 36.290,32 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite avançou 0,23%, a 15.188,39 pontos.
No Brasil, o Ibovespa seguiu seus pares do Norte fechando o dia em alta de 1,84% a 105.686. Embora a inflação dos Estados Unidos tenha fechado em um nível historicamente elevado, não trouxe surpresas, reduzindo as pressões nos juros. Internamente, não tivemos nada na agenda, fazendo com que o mercado interno seguisse, sem muitos problemas. Ademais, a alta nos preços das commodities como o minério de ferro e petróleo também ajudaram a bolsa local.
Para hoje (13/01)
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda devido ao aumento no número de casos de Covid-19 no continente. Os problemas relacionados ao pagamento de dívidas, se estende para outras empresas. Em Hong Kong, a operadora de Cruzeiros informou que não será capaz de quitar suas obrigações e dentre elas títulos de dívida que vencem nos próximos meses. A Simoc Incorporadora também anunciou novos problemas em torno do pagamento de suas obrigações. O Nikkei teve queda de 0,96%. Xangai teve retração de 1,17%. O Kosp teve retração de 0,35% e Hong Kong teve alta de 0,11%.
O minério de ferro em Dalian teve queda de 0,68% a US$ 114,12. Em Singapura, redução foi de 3,74% a US$ 127,30.
Os mercados europeus abrem em queda nessa manhã. Os investidores estão cautelosos de olho em pronunciamentos do BCE e no Índice de Preços ao Produtor nos Estados Unidos. O avanço da Covid-19 no continente também é uma pauta importante.
Em Nova York, os futuros também abrem em tom de cautela. A divulgação de dados de inflação ao consumidor será mais um gatilho para a percepção em relação à condução da taxa de juros americana.
Internamente, na agenda econômica, temos um dado importante que é o crescimento do setor de serviços, podendo trazer impacto para as empresas ligadas ao consumo.
Ainda setorialmente falando, a queda no minério de ferro deve afetar companhias mineradoras, siderúrgicas e metalúrgicas. O petróleo tenta ficar na estabilidade.
Na política, o Capitão Augusto disse que voltar atrás no ajuste de policiais pode ser um caminho ruim para Bolsonaro, ao passo que ainda sinaliza que não fará ajuste para as demais categorias enquanto tais funcionários públicos falam de greve.
Autor: Matheus Jaconeli
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