As bolsas europeias fecharam em alta impulsionadas pela melhora do humor na Ásia e nos Estados Unidos. A agenda econômica foi, em certa medida escassa, apenas com a prévia do IPC na Alemanha atingindo 7,4%. Os bons números corporativos de companhias importantes como Standard Chartered, Barclays e Unilever contribuíram para a sustentação das altas. Adicionalmente, a recuperação do petróleo à esteira do cancelamento da Alemanha para o petróleo russo, contribui para alta das empresas de energia como pôde ser visto no Stoxx 50 como o setor maior valorização. A alta das companhias de tecnologia devido às expectativas em torno da Amazon e Alphabet também contribuíram para as altas. Londres teve alta de 0,94%. Frankfurt ganhou 1,35%. Paris avançou 0,98%. Milão teve avanço de 0,95%. Madri e Lisboa ganharam 0,41% e 0,78% respectivamente.
Nos Estados Unidos, os dados do PIB abaixo das expectativas não assustaram o mercado. Por mais que o indicador tivesse queda de 1,4% ante expectativa de alta de 1,1%, não ocorreu por conta do consumo ou investimento, mas sim por conta da alta das importações. Tal fator é importante, pois as importações possuem relação positiva com a renda interna, uma evidência de que o consumo e a renda das famílias continuam forte, apesar do movimento de despoupança, um ponto de preocupação para que o mercado não deu atenção foi a alta dos preços do PIB que chegará a 8%. A perda da tração nas Treasuries de 10 anos alinhado com as expectativas para os resultados corporativos de grandes nomes da tecnologia fizeram o Nasdaq ter alta de 3,06%. O Dow Jones e S&P 500 ganharam 1,85% e 2,47% respectivamente.
No Brasil, o mercado acompanhou os movimentos externos. A alta das commodities e a perda das pressões na Treasuries ajudaram positivamente o Ibovespa fechando com alta de 1,05% cotado a 1109.349 pontos. Internamente, o IGP-M de 1,41% contra as expectativas de 1,70% foi encarado como positivo pelo mercado, tal como o CAGED com saldo positivo em março com a criação de 136.189 vagas formais. Pelo lado negativo dos indicadores de conjuntura tivemos os números do IPP acusando alta de 3,13% contra avanço de 0,54% em relação a fevereiro. Na agenda corporativa, as prévias operacionais de Petrobras e os números de Vale foram considerados positivos pelo mercado.
Para hoje (29/04)
As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em alta devido ao anúncio por parte da TV estatal Chinesa de que em uma reunião da alta cúpula do governo do país, há o objetivo de estimular a economia para que a meta de crescimento seja atingida. Tal evento contribuiu não apenas paras as bolsas chinesas como Hong Kong (+4,01%) e Shanghai (+2,41%), mas Seul e Tóquio também se beneficiaram com avanço de 1,75% e 1,03% respectivamente.
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 4,19%, a 869,50 iuanes, o equivalente a US$ 131,95.
Nos Estados Unidos os futuros caem fortemente após balanço decepcionante de Amazon, o CFO da Apple informou que a restrição na cadeia de suprimentos afetará o resultado da companhia, o que já é incorporado nas expectativas dos investidores. Na agenda econômica se destacam o PCE com expectativa de que fique 5,3% no ano e os indicadores de percepção e condições atuais de Michigan.
Na Europa os mercados seguem em direção oposta à Nova York,. Na agenda econômica, o PIB da Zona do Euro teve alta de 0,2% e o IPC subiu abaixo do esperado no mês de abril com alta de 0,6% ante expectativa de 1,8%, dado os temores de inflação por conta da guerra, é uma surpresa positiva. Todavia, no ano, o número continua elevado em 7,5%.
No Brasil, o investidor ficará atento aos dados fiscais que serão divulgados pelo Banco Central, os dados da PNAD, investimento estrangeiro e transações correntes também são importantes. A alta das commodities e a valorização de moedas emergentes são sinais positivos para o mercado hoje. Na política, o Congresso aprovou nesta quinta-feira (28) um Projeto de Lei do Congresso Nacional que permite a redução de tributos sobre combustíveis sem necessidade de compensar a perda de arrecadação. O Congresso também aprovou transferência de R$ 7,6 bi para estados e municípios.
No corporativo, a Hypera (HYPE3) registrou lucro líquido das operações continuadas de R$ 349,5 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), o que representa um crescimento de 13,6% em relação ao mesmo trimestre de 2021.
A Multiplan (MULT3) registrou lucro líquido de R$ 171,5 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), o que representa um crescimento de 270,5% em relação ao mesmo intervalo de 2021.
A Grendene (GRND3) registrou lucro líquido de R$ 125,5 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), o que representa uma redução de 2,9% em relação ao mesmo trimestre de 2021.
A Usiminas aprovou distribuição de dividendos no valor de R$ 734,2 milhões, montante correspondente a R$ 0,571934991 por ação ordinária e R$ 0,629128490 por ação preferencial. O pagamento será efetuado no dia 27 de junho de 2022 aos acionistas titulares de ações de emissão da companhia na data base de 28 de abril de 2022.
A Yduqs aprovou o pagamento de dividendos no valor de R$ 37,5 milhões, cifra equivalente a aproximadamente R$ 0,12623991 por ação ordinária de emissão da companhia. Terão direito ao dividendo os acionistas da companhia na data-base de 28 de abril de 2022.
Assaí aprovou a distribuição de dividendos no montante de R$ 168,4 milhões, equivalentes a R$ 0,125038407679398 por ação ordinária de emissão da companhia. O pagamento será efetuado em 27 de junho de 2022, com base na posição acionária de 28 de abril de 2022.
A Sabesp (SBSP3) aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 644 milhões. O valor corresponde a R$ 0,94270 por ação ordinária, para a base de 28 de abril, e será pago em 27 de junho de 2022. As ações passam a ser negociadas “ex-juros” a partir de 29 de abril de 2022.
No Conselho de Administração da BRMalls, a companhia firmou o acordo com Aliansce formando a maior companhia de Shoppings da América Latina.
Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917