Agenda lotada pressiona os mercados

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  • Os mercados globais começaram o pregão vendo o PMI industrial da Alemanha despencar para 43,1, o menor em 84 meses, surpreendendo negativamente as expectativas e colocando a possibilidade de redução da taxa básica do BCE de -0,4% para -0,5%. Essa percepção jogou os títulos da dívida alemã para cima e o yield dos títulos de dez anos em -0,38% aa.
  • O Deutsche divulgou o seu balanço, com perda de EUR 3,15 bilhões no segundo trimestre, em função das multas que o banco pagou e dos custos de sua reestruturação. A Boeing reportou prejuízo de USD 3,94 bilhões, em função das perdas ocasionadas pelo 737 MAX. Hoje ainda sairão balanços da Caterpillar e da Ford.
  • Ganhou destaque no mercado a notícia de que Dpto de Justiça dos EUA está fazendo uma investigação anti trust sobre o setor de tecnologia. Pode haver pressão sobre as gigantes do setor, como Microsoft, Amazon, Apple, Facebook, Twitter e outras estrelas.
  • No Brasil, os balanços divulgados não mostraram surpresas positivas, ao menos para Santander, Cielo e Telefônica. A Cielo, em particular, mostrou queda de seu lucro líquido, de R$ 817 milhões no segundo trimestre de 2018, para R$ 431 (-47%). Em relação ao primeiro trimestre de 2018 o lucro caiu 21%. Tudo indica que os ajustes no mercado de meios de pagamento devem continuar. Hoje também saiu WEG, que teve aumento de 36% no lucro líquido, para R$ 389 milhões. Sairão ainda os balanços de Carrefour, Pão de Açúcar, Engie e Energias Brasil.
  • O mercado abriu com o índice praticamente no fechamento, a 103.870. As taxas de juros para ago/2019, que refletem a decisão do próximo Copom, estão saindo a 6,06%, refletindo a aposta majoritária do mercado em uma redução de 0,5% reunião da semana que vem.

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