Agenda local relativamente vazia faz com que mercado fique de olho no exterior e no risco fiscal

Tempo de leitura: 3 min.

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta, com exceção de Londres que fechou com queda de 0,49% devido aos receios de elevação das taxas de juros por parte do BOE após dados de inflação ao consumidor e ao produtor acima do esperado. Os mercados da Europa Ocidental fecharam com alta moderada. Frankfurt subiu 0,02%. Paris avançara 0,06%. Milão ganhou 0,07%. Lisboa teve elevação de 0,38% e Madri, contrariando seus pares, teve queda de 0,52%. 

Nos Estados Unidos, os mercados fecharam em queda devido aos temores de inflação. No pregão anterior, a alta nas vendas no varejo não impactou o mercado no pregão anterior, mas ontem (17), os agentes colocaram o dado na conta da alta da inflação, fazendo com que os três principais índices fechassem em queda. O Dow Jones teve queda de 0,58%. O S&P 500 e Nasdaq perderam 0,26% e 0,33% respectivamente.

No Brasil, mais uma vez os receios em torno da questão fiscal por conta dos imbróglios em torno da PEC dos precatórios. Outras questões como a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos e a possibilidade de reajuste dos salários do setor público fizeram com que o Ibovespa tivesse nova queda. O principal índice da B3 teve queda de 1,39% cotado a 102.948.

Para hoje (18/11)

Na Ásia, os mercados fecharam em queda generalizada. Na China Continental o vilão foi o setor de incorporações após dados ruins. No Japão, o anúncio de estímulos à economia do país reduziu as perdas, mas não foi suficiente para impedir que Tóquio tivesse o mesmo desempenho de suas vizinhas. O Xangai e o Shenzhen tiveram perdas de 0,47% e 0,65% respectivamente. Tóquio teve queda de 0,30%. Em Hong Kong o mercado perdeu 1,29%. Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 0,51% influenciado pelas perdas das montadoras. Na contramão, Taiwan teve avanço de 0,44%.

Em Singapura, o Minério de Ferro teve queda de 3,20%, cotado a US$ 86,10.

Na Europa, o BCE complacente com a alta nos preços, manteve o argumento dovish de sustentar a economia do bloco, fazendo com que as bolsas operem alta. A agenda econômica é escassa, somente com dados de licenciamento de automóveis.

Nos Estados Unidos, os índices futuros abrem em alta com os rendimentos das tresuries operando em queda. Na agenda se destacam os índices de atividade industrial da Filadélfia, os pedidos semanais para o seguro-desemprego e discursos de membros do FOMC.   

No Brasil, a agenda carece de dados, faz com que o mercado fique atento às questões envolvendo a PEC dos precatórios, como a alternativa de alguns senadores.

A queda nas commodities, tanto do minério de ferro, quanto do petróleo devido às expectativas de que os Estados Unidos, China, Índia e Japão vendam suas reservas estratégias petróleo para conter a inflação, pode afetar as companhias relacionadas a essas commodities.

Tesouro oferta LTNs para os vencimentos 2022, 2023 e 2025; NTN-Fs para 2027 e 2031 e LFTs para 2023 e 2027.

Autor: Matheus Jaconeli

Deixe um comentário