Na Europa, os mercados fecharam majoritariamente em queda devido aos receios de avanço da Covid-19, novas medidas de distanciamento e protestos entre população que discorda com as regras dos governos da região. Nos Estados Unidos, o avanço no rendimento das treasuries também limitou o desempenho dos mercados do velho continente. Pelo caminho contrário, devido ao avanço no minério de ferro e do petróleo, o FTSE de Londres fechou em alta.
Nos Estados Unidos, após quase um dia inteiro de queda nas bolsas, houve alívio nos principais índices do país. A alta nos preços do petróleo, devido a fraca venda proposta por Biden, e do minério de ferro contribuíram para as altas dos setores de materiais básicos e energia. A alta nos rendimentos das treasuries sustentou as altas no setor financeiro.
No Brasil, o mercado, após a forte volatilidade e a chance de acordo em torno da PEC dos precatórios, fizeram com que os ânimos dos posicionados no mercado brasileiro fosse acalmado. Por mais que os ajustes na PEC não sejam ideias, muito pelo contrário, dado que há a previsão de pagamento permanente do auxílio é negativo para as contas públicas. Todavia, uma tramitação mais rápida ajuda a minimizar o fator incerteza.
Para hoje (24/11)
Acompanhando o desempenho da Nasdaq nos Estados Unidos, os ativos do setor de tecnologia tiveram perdas no continente. O número de infectados pela Covid-19 também é fator de atenção e a variável que impactou negativamente o Kospi da Coreia do Sul. A possibilidade de alta nos juros também assusta os investidores na Ásia. Na China Continental, os mercados fecharam em alta com a melhora do setor imobiliário e das mineradoras.
Ao passo em que a melhora do mercado imobiliário dá sinalizações de estabilização e Pequim fala de estímulos, os preços do minério de ferro voltam a avançar. Em Qingdao, houve avanço de 2,92% a US$ 102,75 e em Singapura o avanço foi de 5,92% cotado em US$ 102,80.
Na Europa, os mercados operam majoritariamente em queda com os investidores aguardando a divulgação da agenda recheada nos Estados Unidos. Dentro do velho continente o avanço no número de infectados é monitorado e os dados da maior economia do continente, a Alemanha, ficaram aquém do esperado.
Os futuros nos Estados Unidos operam em queda com os rendimentos das treasuries de 10 anos começando mais um dia com avanço. Às vésperas do Dia de Ações de Graças, os investidores amanhecem cautelosos com uma agenda farta de dados de conjuntura. Um dos pontos de atenção também é a Ata do FOMC que pode trazer importantes percepções quanto ao posicionamento dos membros do comitê em relação à redução dos estímulos.
No Brasil, os investidores ficarão atentos ao relatório da dívida e a PEC dos precatórios. A confiança do consumidor da FGV evidenciou queda em relação ao período imediatamente anterior recebendo impactos da inflação.
A alta no minério de ferro está contribuindo para alta nas companhias ligadas ao minério de ferro e elas tendem a continuar com maior destaque na bolsa.
Os riscos externos também ficarão no radar dos investidores.
Autor: Matheus Jaconeli