A volta da dinastia no oriente e Tio Sam muda sua trajetória em relação ao petróleo

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As bolsas na Europa fecham com alta moderada com os dados do Reino Unido que mesmo ficando abaixo do esperado evidenciaram crescimento da economia do país insular. O PIB cresceu 1,3% na comparação trimestral e no ano a ano, houve avanço de 6,6%.  Embora os números de inflação alemã tenham assustado, os membros do BCE continuaram a sustentar o argumento de que a inflação é transitória. A sustentação dos preços do petróleo ajudou as companhias de energia. Londres teve alta 0,60%. Frankfurt subiu 0,10%. Paris teve alta de 0,20%. Madrid caiu 0,54% e Lisboa subiu 0,06%.

Nos EUA, os investidores acabaram digerindo os dados de inflação divulgados no dia anterior, o que fez o Dow Jones fechar em queda, além do balanço decepcionante da Walt Disney. Para o S&P 500 e o Nasdaq, o avanço de blue chips de tecnologia contribuíram para a alta dos dois índices. O Dow Jones perdeu 0,44%. O S&P 500 e o Nasdaq tiveram alta de 0,06% e 0,52% respectivamente.

No Brasil, o mercado teve mais um dia de alta. A recuperação dos preços do minério de ferro favoreceu as companhias de mineração e siderurgia, fazendo com que importantes companhias ajudassem o Ibovespa subir em 1,54% em 207.595 pontos. A melhora do humor também ficou alinhado com a digestão da votação da PEC dos Precatórios. Pelo lado negativo, mas sem muito efeito no desempenho do mercado no dia, tivemos a divulgação das vendas no varejo registrando queda de 1,3% e, setembro, quando as expectativas eram de redução de 0,6%.  

Para hoje (12/11)

Na Ásia, as principais bolsas da região subiram. Os agentes acreditam que pressão regulatória diminuirão com Xi Jimping conseguir passar uma resolução que permite o líder chinês ficar no governo até o fim de seus dias Pequim não ficará tão acuada, logo poderá “atacar” menos. Não há nada novo debaixo do sol, o país que era uma dinastia no passado volta a ter um imperador. O Nikkei subiu 1,13%. Hong Kong teve elevação de 0,32% e Shanghai composto registrou avanço de 0,18%.

Por conta de um aumento inesperado da estocagem do minério de ferro na China, fazendo com que a commodity metálica tivesse queda de 4,96% a US$ 88,15.

As bolsas na Europa estão operando mistas com os investidores observando os dados de produção industrial, os balanços empresariais e aguardando o pronunciamento do economista chefe do BCE que será dovish, provavelmente.

Nos Estados Unidos, os futuros operam majoritariamente em alta, com os investidores olhando que a temporada de balanços vem dando bons frutos. Boa parte das companhias do S&P 500 estão apresentando bons números, mas os temores inflacionários continuam a ponto de Biden, cuja plataforma política se voltava contra à produção de petróleo, chegando a suspender concessões para exploração de petróleo e gás em favor do clima, parece que mudará a rota, por conta do aumento nos preços dos combustíveis.

No Brasil, investidores ficarão atentos à safra de balanços às notícias em torno da PEC dos precatórios, com governo prometendo que ela não alterará a estrutura do teto de gastos.

Na agenda econômica, o setor de serviços fica no radar. Os números devem ser melhores em relação ao varejo publicado ontem (11).

A queda no minério de ferro e no petróleo podem afetar consideravelmente a bolsa brasileira, com companhias lidadas as commodities podendo ser afetadas.

Balanços de hoje: Infracommerce pré-mercado; Cosan, CVC, Enjoei pós-mercado.

Autor: Matheus Jaconeli

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