Dividendos e crise ecômica, saiba mais sobre o assunto!

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Os dividendos são parte do lucro da empresa distribuídos igualmente entre os acionistas de uma mesma classe de ações. No entanto, em momentos de crise o lucro das empresas caí e muitas delas optam por postergar o pagamento de dividendos.

Contudo, existem companhias que continuam a ser boas pagadoras de dividendos, mesmo em meio à crise. Assim, dado que sua estrutura de capital é pouco alavancada, há pouca necessidade de financiamento.

Aliás, outro fator que contribui para que algumas empresas se mantenham firmes durante momentos de crise, é a resistência ao ciclo econômico. Sendo assim, os melhores exemplos, são as aquelas ligadas ao setor de energia e os grandes bancos.

A média do dividend yield, o rendimento que o acionista recebe pelo pagamento de dividendos, apenas pelos grandes bancos: Banco do Brasil. Bradesco, Itaú e Santander é de 8,65% e incluindo B3, a média fica em 5,30%.

Quanto ao setor de energia, o dividend yield médio de 4,43% , apenas com Engie, Tietê, CTEEP, Copel, Cemig, Eletrobrás e Taesa, é de 4,75%.

Por outro lado, empresas boas pagadoras de dividendos, geralmente são aquelas que se desempenham bem no longo prazo e trazem segurança para o investidor.

Efeito clientela

Primeiramente, os economistas Franco Modigliani e Merton Miller argumentam que o pagamento de dividendos cria o efeito clientela, chamando atenção de investidores que veem na constância de estabilidade da empresa. Então, fazendo com que ocorra aumento na demanda por tais ativos, o que pode gerar elevação nos preços.

Outro fator que torna a busca por dividendos atraentes é que momentos de crise, para empresas que possuem pouca dívida, não há motivos para reduzir a distribuição de dividendos, mesmo com a redução nos lucros das empresas. Para superar fases assim, empresas com esse perfil buscarão uma redução de investimentos. Entretanto, como boa parte das empresas de energia já possuem planta produtiva e os grandes bancos são sólidos, não há motivo para restrição no pagamento.

O dividend yield , em momentos de crise também tende a aumentar. Então, faz com que os rendimentos dos dividendos recebidos pelo investidor subam. Isso acontece porque o valor unitário da ação cai.

Para explicitar melhor o raciocínio sobre dividendos, temos a fórmula do dividend yield:

Assim, com a queda no valor das ações, o rendimento pago ao acionista em relação ao custo de aquisição da ação aumenta.

Alguns indicadores, podem ser utilizados para verificar o comportamento de ações pagadoras de dividendos.

O FTSE All-World High Dividend Yield Index é um indicador projetado para representar o desempenho de ações, cujo dividend yield é acima da média para todo mundo. Portanto, em sua composição o índice leva em consideração importantes fundos e ETF’s de todo mundo, que possuem o mesmo objetivo para seus respectivos países. Assim como o Vanguard High Dividend Yield ETF de ações cotadas na bolsa americana, iShares UK Dividend UCITS ETF da Blackrock de ações cotadas nas bolsas do Reino Unido e o FTSE RAFI™ Brazil 50 Index para as ações cotadas na B3.

O preço unitário da ação cai, pois ele traduz a percepção dos agentes econômicos em relação ao ambiente econômico, o qual fica elevado em momentos de crise.

Outro atrativo é o de que além do investidor atraído por dividendos usufruir de um dividend yield mais elevado. Ele comprará boas empresas a um preço relativamente baixo, com potencial de elevação no longo prazo.

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